quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A história da História.



Nada é mais apaixonante do que se "re"descobrir a cada instante. Incrível que sensações diversas como cheiros, sabores, sons e etc, nos levem muitas vezes a destinos inesperados, deconhecidos ou esquecidos e sepultados em nossa memória.
Ah, a memória...que seria desta sem o passado? E o que seria de Heródoto de Helicarnasso sem a memória? E o que seria de nós sem a História?
Observar o passado com olhar científico garante a humanidade o privilégio de conhecer-se melhor indo além de aprender sobre datas marcantes, fatos importantes e nomes estranhos.
A história da História é escrita a todo momento (agora inclusive), e sempre, inexoravelmente esta tarefa é feita à muitas mãos.
Deixo abaixo para vocês um pouquinho do Pai da História.....Boa viagem!


Reprodução

Mesmo as mais antigas biografias de Heródoto são baseadas em especulações. Ele foi o autor do relato da invasão persa da Grécia nos princípios do século V a.C., que ficou conhecido como "As Histórias".

Considerou-se essa obra como um novo gênero literário, pois ele foi o primeiro não só a gravar o passado, mas a considerá-lo um problema filosófico ou uma forma de conhecimento do comportamento humano, ordenando-o cronologicamente e atendo-se aos antecedentes que causaram o conflito greco-pérsico.

Por isso, Heródoto ganhou o título de "pai da história" dando nova conotação a uma palavra que antes designava apenas "investigação", e que se transformou no que conhecemos hoje como história propriamente dita ou historiografia.

"Histórias" foi muitas vezes acusada de ser imprecisa, por basear-se em relatos orais e estar impregnada de intervenções mitológicas. Mas Heródoto é respeitado pelo seu rigor, sendo reconhecido não apenas como pioneiro na história, mas também na etnografia e antropologia.

Publicado entre 430 e 424 a.C., "Histórias" encontra-se dividido em nove livros. Os primeiros seis relatam o crescimento do Império persa. Começam com Creso, rei da Lídia, que perdeu o reinado para Ciro, o fundador do Império persa.

As primeiras seis obras acabam com a derrota dos persas em 490 a.C., na batalha de Maratona, que constituiu o primeiro retrocesso no progresso imperial. Os últimos três livros descrevem a tentativa do rei persa Xerxes 1º, da Pérsia, de vingar dez anos mais tarde a derrota persa em Maratona e incorporar a Grécia ao seu império.

"Histórias" acaba em 479 a.C. com a expulsão dos persas na batalha de Platéia e o recuo da fronteira do império persa para a linha costeira da Ásia Menor (Anatólia, na atual Turquia).

Quanto à vida de Heródoto, sabe-se que foi exilado de Halicarnasso após um golpe de Estado frustrado, retirando-se para a ilha de Samos. Parece nunca ter regressado a sua cidade natal.

Deve ter sido durante o exílio que empreendeu as viagens que descreve em "Histórias". Essas viagens conduziram-no ao Egito, Babilônia, Ucrânia, Itália e Sicília. Heródoto se refere a uma conversa com um informante em Esparta, e certamente terá vivido um período em Atenas, onde registrou as tradições orais das famílias proeminentes.

Numa determinada altura tornou-se um logios - isto é, um recitador de prosa ou histórias - cujos temas baseavam-se em contos de batalhas, maravilhas de países distantes e outros acontecimentos históricos. Fez roteiros das cidades gregas e dos maiores festivais atléticos e religiosos, onde dava espetáculos pelos quais esperava pagamento.

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